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REALIZAÇÃO: Bit Partner | DIREÇÃO: Sidney Cohen

A Importância do Idioma Português nas Empresas

O domínio do idioma nativo é pré-requisito em qualquer país e faz parte de qualquer tipo de avaliação, seja em concursos e/ou processo de recrutamento e seleção pelas empresas. Porém, é preocupante em nosso país, ainda haver um alto índice de reprovação nas avaliações que empregam o domínio do português, em muitos casos, na primeira fase do processo. Conforme pode ser constatado na pesquisa realizada em 2013, com cerca de sete mil estudantes, pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), que aponta a língua portuguesa como fator determinante na desclassificação de candidatos em seleções de estágio. Aproximadamente 2800 candidatos foram reprovados no teste ortográfico, representando 40% dos participantes, ou seja, de cada dez candidatos, quatro são eliminados.

O professor de português e consultor Jeferson Dantas é o entrevistado desse mês e destaca como o domínio do português pode contribuir para se obter uma carreira de sucesso.

Bastidores

  • O “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde” divulgado em agosto pelo Instituto de Saúde Suplementar (IESS) aponta que o total de pessoas empregadas na saúde cresceu 2,2% em apenas três meses, alcançando a marca de 4,3 milhões de pessoas. Destes, 3,3 milhões atuam no setor privado, que representa 8,7% da força de trabalho do país. No acumulado do ano, a saúde privada teve saldo positivo de 75,7 mil empregos. Na distribuição por região, o Sudeste lidera com 2,1 milhões de pessoas empregadas, sendo 82% deles no setor privado. A região Nordeste vem em seguida com 819,6 mil empregados, sendo 67% do setor privado. A região Sul é a terceira maior empregadora, mas se destaca por apresentar o menor número de pessoas empregadas no setor público. Com 90,4 mil empregos, o que corresponde a 15% do emprego na cadeia da saúde na região.
  • O estudo global da Visa – “Back to Business, Holiday Edition”, aponta que 78% das pequenas e médias empresas brasileiras estão otimistas com as oportunidades de vendas de fim de ano e apenas 17% das pequenas empresas afirmam não estarem preparadas para enfrentar o fluxo de vendas neste período. Da ampla maioria que se preparou, 32% pretendem estender o seu horário comercial; 29% irão digitalizar partes de suas operações comerciais; 26% vão investir mais em sua infraestrutura física e 18% vão contratar mais pessoal para a operação. Do lado do consumidor, 54% concentrarão as compras no e-commerce e 58% vão apoiar o comércio de bairro.

Novos Desafios

  • Shelly Bronstein assume a função de Diretora de Programa de Parceria da Resultados Digitais.
  • Vladimir Ranevsky assume o cargo de CEO da SICES Solar.

Dados Impressionantes

  • Os Celulares pós-pagos superam os pré-pagos. O levantamento realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou o uso de 114,7 milhões de celulares pós-pagos, contra 113,5 milhões pré-pagos. O estudo sinaliza que o acesso pré-pago vem caindo desde junho de 2015 e um dos motivos está associado à melhor condição comercial, principalmente para pacotes de banda larga. Em setembro foram registrados 228,3 milhões de linhas móveis. O que representa 94,8 celulares para cada 100 habitantes. Desses, 200,6 milhões usam internet por banda larga. O celular também é destaque no cenário de distanciamento social. Segundo o PAINEL TIC COVID-19, que coleta informações sobre o uso da Internet durante a pandemia, revela que o celular é o dispositivo mais usado para ensino remoto e teletrabalho pelos usuários das classes DE (54%) seguido pelos usuários da classe C (43%) e AB (22%). Já o computador destaca-se nos usuários de classes AB (66%), seguidos pelos de classe C (30%) e DE (111%).
  • Uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), com 150 mil funcionários de mais de 300 empresas em todo o país, revelou que a percepção dos profissionais brasileiros sobre seus chefes é positiva. Para 58%, seus gestores imediatos são inspiradores, democráticos ou educadores. Apenas 9% deram atributos negativos, considerando-os bloqueadores ou coercitivos. Embora haja pouca diferença entre os setores, os chefes da área de tecnologia e computação destacam-se positivamente: 68% deles receberam atributos positivos, assim distribuídos: 28% inspiradores, 26% democráticos e 14% educadores e apenas 2% foram considerados “coercitivos”.
  • Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou a marca de 6 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica e já movimentou R$ 31 bilhões desde 2012 e gerou mais de 180 mil empregos. A instalação desse sistema de fonte traz uma economia significativa para o mercado, beneficiando várias áreas. O agronegócio é uma delas, com destaque para os pequenos empresários do setor, que podem ter a redução do custo com a energia em até 90%.

Agenda

  • 24 de Julho – Rio de Janeiro – RJ
    Workshop: “Gestão Estratégica”
    Informações: http://www.treno.com.br/
  • 31 de Julho a 3 de Agosto – Goiânia – GO
    Feira do Empreendedor
    Informações: http://www.feiradoempreendedorgo.com.br

Entrevista

Esta coluna é destinada a entrevistas com especialistas, gestores, executivos e empresários de destaque.

Segue abaixo a entrevista de Jeferson Dantas.

PME NEWS – Como o domínio do idioma português contribui para a carreira profissional?

Jeferson Dantas – Primeiramente, a Língua Portuguesa é a língua do nosso país e todos os tipos de contatos, em princípio, são feitos em português. Logo, conhecê-la e saber se expressar nela é fundamental para seguir bem como um bom profissional. Em qualquer carreira, indubitavelmente, o profissional será muito bem visto se souber falar e escrever em sua língua com correção e maestria. Usar bem a Língua Portuguesa é o seu principal cartão de visitas. Hoje empresas já investem em cursos de atualização de Português para seus funcionários a fim de evitar problemas de comunicação e textos mal redigidos. Quanto mais você for conhecedor de sua língua, mais chances e oportunidades de ter uma carreira de sucesso.

PME NEWS – Por que as empresas priorizam o conhecimento do idioma estrangeiro no processo de seleção?

Jeferson Correia Dantas – Sem dúvida, as empresas chamadas “multinacionais” precisam de funcionários com fluência em alguma língua estrangeira para ter um melhor contato com os clientes (quando de outras nacionalidades) e também por considerarem que o candidato ao emprego, por ser brasileiro, já domine seu próprio idioma. Porém, isso vem mudando. Muitas empresas já repararam que a exigência da língua estrangeira foi tão forte que andaram esquecendo o idioma nacional. Dessa maneira, muitas vêm investindo em aulas para seus funcionários a fim de diminuir os diversos problemas provenientes pelo mau uso da língua nacional. Desde ficar mal visto perante os clientes até dificultar no entendimento de mensagens trocadas dentro da empresa.

PME NEWS – Quais os principais erros de português cometidos no ambiente de trabalho?

Jeferson Dantas – Infelizmente, são muitos os problemas relacionados ao uso da Língua Portuguesa em ambientes empresariais. Às vezes, ao querer falar “bonito”, o funcionário comete gafes imperdoáveis. Eis alguns erros (ou desvios linguísticos) mais comuns:

1) “Analizar”, em vez de “analisar” – erro muito comum;

2) Invenção de verbos, tais como: “elencar”, “relativizar”, “carnavalizar”, entre outros, inclusive com a conjugação dos mesmos;

3) “Fazem dez anos …”, em vez de “faz dez anos – erro muito comum, tanto na forma escrita como na falada;

4) “Vamos reverter a situação financeira da empresa”, quando a intenção seria “inverter” a situação da empresa;

5) Os erros de pontuação são muito comuns, especialmente, no uso das vírgulas; as pessoas separam os sujeitos dos predicados e se esquecem de usar as vírgulas nos apostos, entre outros erros;

6) Erros escritos de palavras com “ç”, “s” e “ss”, tais como: sessão, seção, cessão, intenção, caução etc;

7) Uso do verbo “haver”: “a empresa começou esse trabalho a 10 anos”, em vez de “há 10 anos” –  erro muito comum;

8) “Haja visto”, em vez de “haja vista” – erro muito comum, tanto escrito como falado;

9) “Afim de”, em vez de “a fim de”;

10)  “O chefe interviu em favor do empregado”, em vez de “o chefe interveio …” – erro muito comum, tanto escrito como falado.

Muitos outros exemplos poderiam ser incluídos nessa lista, no entanto esses já ilustram muito bem o que se pode observar nas empresas.

PME NEWS – A tecnologia compromete ou ajuda no emprego correto do português nas empresas?

Jeferson Dantas – A tecnologia tem servido mais de desculpa do que tem culpa do que falam ou escrevem as pessoas. Ela não redige os documentos, mas sim as pessoas; ela não digita os textos nos celulares, mas sim as pessoas. Ora, se existe uma presteza incondicional em reconhecer e mexer em cada nova tecnologia que aparece, como seria ela a culpada do emprego incorreto da língua? Na verdade, a tecnologia interfere bem menos do que pensam. Ninguém produz um texto formal pensando em usar os códigos utilizados nas mensagens e e-mails. A tecnologia está aí para ajudar em todos os sentidos e não compromete no uso da língua; até ajuda em algumas situações. Cabe sim ao usuário da língua ter mais atenção ao falar e escrever a nossa bela língua portuguesa. É ela um dos elementos incondicionais para que cada um saiba que pertence a uma nação, a nação brasileira: “A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil” (ART. 13 da CFB). 

Pense Nisso

“Usar bem a Língua Portuguesa é o seu principal cartão de visitas”.             

Jeferson Dantas

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