De acordo com o estudo, as autoridades portuárias a seguir tiveram acréscimo na movimentação nesse período. Companhia Docas do Pará (26,5%), Porto de Suape (16,7%), Portos do Paraná (12,6%), Santos Port Authority (12%) e Emap (5,1%). Entre os maiores incrementos de movimentação, destaca-se o aumento de 28,5% na movimentação de granel sólido nos portos administrados pela Companhia Docas do Pará; de 22,1% na movimentação de granel líquido no porto de Suape (PE); e de 9,4% de carga geral no porto de Paranaguá (PR).
Outro estudo realizado pela Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), a contratação temporária para o ano aponta o crescimento das contratações em 16%, comparado a 2019, e deve alcançar a marca de cerca de 1 milhão e 480 mil vagas abertas.
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Esta coluna é destinada a entrevistas com especialistas, gestores, executivos e empresários de destaque.
Segue abaixo um resumo com alguns destaques da entrevista de Jaime Szulc.
Não deixe de ouvir também a entrevista completa, na qual Jaime cita vários exemplos de sua carreira. Ele orienta também um leitor do PME NEWS que é executivo de uma empresa e está diante de duas oportunidades: Uma seria dele mudar de área e a outra de vender a empresa para um concorrente de outro estado, que ainda o contrataria para ser o diretor-geral para tocar o negócio. Confira, clique aqui para ouvir o Podcast.
ADMINISTRAR O TEMPO
Mesmo com uma agenda cheia, Jaime consegue administrar bem o seu tempo. Ele aponta que é fundamental priorizar o tempo com assuntos urgentes e importantes. A atenção deve estar sempre voltada ao negócio e a comunicação com o time deve fazer parte da rotina.
Monitorar a entrega dos objetivos de cada um dentro do prazo faz parte desse contexto. Mas, para isso, é preciso traçar antes um norte e estabelecer um sistema de responsabilidades.
A RECEITA PARA SE REINVENTAR
Jaime revela que não há uma receita certa e cita exemplos de clientes seus que precisaram se reinventar nesse momento de pandemia. Um deles é de uma empresa que vende móveis para escritório e o negócio caiu 60%. E passou a vender divisórias de vidros já pensando no regresso das pessoas ao trabalho e até mesmo para o caso de home office. As vendas aumentaram 30%. Para esse e demais exemplos, ele enfatiza a perseverança do líder e da companhia de usarem todos os recursos dentro da própria companhia neste processo de reinvenção. As ideias, em muitos casos, vêm dos próprios funcionários. Szulc também incentiva seus clientes de irem ao mercado, universidades e até mesmo para os concorrentes e fornecedores para terem novas ideias. “Realmente é possível se reinventar e é preciso usar o rol de ideias de quem estiver envolvido no negócio” afirma o executivo.
O PERFIL DO NOVO LÍDER PÓS-PANDEMIA
O líder pós-pandemia, segundo Jaime, deve, antes de tudo, saber lidar remotamente com os clientes e com os colaboradores que trabalham de casa. As frequências das reuniões aumentaram muito, as que eram mensais passaram a ser semanais e as semanais passaram a ser diárias. “Enfim o líder pós-pandemia precisa saber trabalhar remotamente de forma mais eficiente e saber elevar as oportunidades a décima potência”, resume. Mas o executivo cita que há um detalhe mais importante, a imagem da empresa, que deve estar associada à responsabilidade social. “Os CEOs que antes tinham uma lista “do que fazer” hoje trabalham também com uma lista “do que ser”. Neste cenário é muito importante a honestidade, transparência e fazer coisas certas, pelos motivos certos e no momento certo”.
ACELERAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
Jaime aponta que a aceleração de tendências é um caminho sem volta. Apesar da maioria das pessoas usarem mais a internet para fazer as coisas, como chamadas telefônicas, comprar e vender remotamente, há uma parcela de novos usuários e consumidores que não tinham esse hábito e passaram a ter. E alguns continuarão a fazer daqui pra frente.
Szulc ressalta também que aceleração turbinada, além da tecnologia, costumes e hábitos, está associada à importância que as pessoas estão dando aos pequenos negócios e às companhias que tratam bem os funcionários. Para ele, essa conscientização das companhias dentro de uma sociedade está muito forte.
CULTURA DA INOVAÇÃO
“A cultura de inovação é realmente incitar as pessoas a tomar riscos, é a cultura do erro mesmo. Errar rápido e errar barato. Incentivar as pessoas a virem com ideias loucas e também a ajudarem as pessoas a entenderem que serão recompensadas. Nas companhias em que trabalhei, sempre encontramos uma maneira de recompensar as pessoas”. Revela Jaime. Que tem na inovação uma característica forte em seu estilo de trabalho.
Ele cita alguns exemplos de cultura de inovação praticados nas empresas em sua gestão. Uma delas, a da Levi´s, muito interessante. Eles contrataram uma agência com a meta de se ter 1 milhão de visualizações em uma campanha digital. E a cultura de inovação estimulou em um resultado impactante. Conseguiram 4 milhões de visualizações em duas semanas
LIÇÕES DESSE PERÍODO DE PANDEMIA
São muitas, segundo Szulc. A primeira delas é que o ser humano é resiliente e que ao mesmo tempo, nem tudo está sob controle e por isso mesmo é importante focar justamente nas coisas que se tem controle, nas competências-chave, no que as pessoas são realmente boas. Veja esse exemplo que ele menciona: “As pessoas vendem prego e martelo, mas o que elas querem mesmo é o quadro na parede, uma arte na parede. Quando você foca nisso, percebe que há outras ferramentas que atendem o mesmo objetivo, sem precisar comprar o prego e martelo”.
A segunda lição é a honestidade, integridade das pessoas e responsabilidade social da companhia.
Outra lição importante é de se ter a cabeça disruptiva, inovadora e pronta para se reinventar.
“Está claro que tudo pode mudar da noite para o dia. É importante trabalhar com pessoas que pensam diferentes de você. As companhias estão olhando mais para dentro e estão mais flexíveis quanto ao trabalho ser no escritório ou em casa, contanto que gere resultados”, sinaliza Jaime.
LEGADO DA PANDEMIA
Para o executivo, o legado é gigantesco. E detalha: “Eu acho que tem um legado de resiliência econômico-financeira pessoal, mas também deixa um legado que é um trauma, uma ferida profunda que se vai curar. Um legado para as pessoas verem o quão importante é a família e a vida delas. Mas o legado principal é saber como é que a gente faz para olhar para dentro e ver quais são os nossos paradigmas e desafiá-los. Olhar para as outras pessoas, perguntar e pegar conselhos com elas e olhar sempre para o mercado. Ser ágil para o que puder vir adiante. Estou percebendo que os CEOS hoje em dia, ou estão desanimados e quebrando, ou estão se reinventando. Esses estão trabalhando dez vezes mais do que trabalhavam antes e estão muito mais envolvidos do que antes”.
“Está claro que tudo pode mudar da noite para o dia. É importante trabalhar com pessoas que pensam diferentes de você.
As companhias estão olhando mais para dentro e estão mais flexíveis quanto ao trabalho ser no escritório ou em casa, contanto que gere resultados”.
Jaime Szulc
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