A credibilidade de uma pessoa simboliza todo legado que se constrói ao longo da vida e faz de sua imagem, uma reputação ímpar, de confiança e respeito.
No cenário corporativo, a imagem da empresa é representada em sua Identidade, formada pela Missão, Visão e Valores. A Missão é a razão de ser da empresa. A Visão define o que a empresa pretende para o futuro. Já nos Valores são depositados os elementos motivadores, que irão direcionar as ações da organização, que tem no executivo a referência a quem os colaboradores devem se espelhar. Para as pequenas empresas, em especial as de gestão familiar, os Valores são passados de geração para geração.
Algumas empresas envolvidas em escândalos recentes, até então, consideradas modelos de gestão empresarial, hoje, obviamente, servem de referência de modelo a não ser seguido. Com as atenções voltadas para maior transparência e resultados financeiros, as empresas passaram a investir na fidelização aos princípios de sua Identidade, para garantir a credibilidade junto ao mercado.
Para um país, cuja Identidade tem a reputação comprometida, as agências de classificação de riscos rebaixam suas notas de crédito e os impactos negativos aos negócios globais são percebidos imediatamente.
A credibilidade é um processo de construção e merece o máximo de atenção. Ao perdê-la, o trabalho para resgatá-la, muitas vezes é em vão.
Nos últimos anos é perceptível o aumento do nível de desconfiança entre as pessoas, o ceticismo do mercado em investir, as incertezas em quem votar, praticamente às vésperas das eleições. São reflexos da falta de credibilidade. Especialistas acreditam que estamos atravessando por um período de transformação. Como consultor, percebo isso em boa parte das empresas, que buscam maior transparência das ações. As que não toleram mais o uso de “mascaras” e têm no caráter e na ética de seus colaboradores e principalmente de seus líderes, o alicerce para construir, e em alguns casos, reconstruir a credibilidade da organização.