Philip Kotler, considerado o “rei do marketing” tem uma frase impactante:
“Existem três tipos de empresas (e pessoas): As que fazem as coisas acontecerem, as que ficam vendo as coisas acontecerem e as que se perguntam: o que aconteceu?”
No empreendedorismo, nas PMEs, nas startups, aonde o olhar e a atitude do dono estão relacionados com o sucesso ou o fracasso empresarial, a responsabilidade de transformar uma ideia em modelo de negócio, viabilizar esses produtos e serviços, operacionalizar de forma eficaz e gerar uma empresa sustentável, na linha do tempo, diante do mercado, da concorrência, da economia e das adversidades, é o desafio para os donos, os sócios, os herdeiros, os executivos e os conselhos.
A Gazeta de SP, em 2021, publicou pesquisa sobre empreendedorismo do IBGE e menos de 40% das empresas no Brasil conseguiram sobreviver após cinco anos.
Mas o que aconteceu para a não sobrevivência das empresas?
O Sebrae realizou pesquisas, de 2018 a 2021, entre as empresas fechadas no Brasil, os fatores são:
• Empreendedores despreparados:
o Em 59% das empresas fechadas, os empresários abriram negócios com a indenização, após desemprego;
o Abertura da empresa por identificação da necessidade;
o Falta de experiência anterior no ramo;
o Desconhecimento dos aspectos relevantes ao negócio;
o Pouca capacitação para a mentalidade empreendedora;
• Sair da informalidade como exigência pelo cliente;
• Deficiência de Planejamento do negócio:
o 17% sem ter feito nenhum planejamento;
o 59% com planejamento para no máximo 6 meses;
o Falta pesquisa de campo de viabilidade;
o Falta de mapeamento dos concorrentes;
o Não levantaram informações relevantes para criar o negócio.
• Falta de fôlego financeiro para contingências:
o Empréstimos não cogitados ou negados;
• Falta de capacidade de Gestão do negócio:
o Gestão pesada;
o Não aperfeiçoamento do negócio;
o Pouca flexibilidade;
o Não diferenciação de produtos/serviços;
o Sem gestão de riscos e planos de contingências;
o Falta de plano estratégico e visão de futuro;
• “Culpa da pandemia“
As estatísticas de tempo de vida das empresas variam de acordo com diferentes regiões, setores industriais e condições econômicas.
A maior taxa de mortalidade é verificada no comércio (30,2% fecham em 5 anos).
As taxas de sobrevivência das PMEs são influenciadas por vários fatores:
• Setor da Indústria: Demanda do mercado, concorrência;
• Economia e Ciclos de Negócios: Preparo para os desafios em períodos de recessão;
• Gestão Financeira: É uma das principais razões para o fracasso das PMEs. A falta de capital, má administração de fluxo de caixa e altos níveis de endividamento impactam a sobrevivência dos negócios;
• Localização Geográfica: Ambiente regulatório, políticas governamentais e as características demográficas e culturais;
• Inovação e Tecnologia: Novas tecnologias, criatividade, ousadia e inovações geram maior probabilidade de permanecerem competitivas.
Longevidade empresarial
É a capacidade de existir e operar com sucesso ao longo de um período prolongado de tempo, geralmente além das expectativas normais para empresas em seu setor ou mercado.
É um indicador da resistência, estabilidade e continuidade do negócio ao longo dos anos.
Empresas são longevas por várias razões:
• Adaptação às Mudanças: Empresas que se adaptam às mudanças do mercado, tecnológicas, regulatórias e comportamentais se mantém relevantes;
• Inovação: Capacidade de inovar em produtos, processos, modelos de negócios e estratégias, se destacando e evoluindo;
• Qualidade e Valor: Oferecer produtos ou serviços de alta qualidade, que atendam às necessidades dos clientes e agreguem valor;
• Gestão Eficiente: Gestão competente que seja capaz de tomar decisões estratégicas e administrar os recursos da empresa de forma eficaz;
• Foco no Cliente: Entender as necessidades dos clientes, adaptando-se para atendê-los bem e fidelizá-los;
• Cultura Corporativa Forte: Cultura organizacional sólida, valores claros, ética e propósito, ajudam a empresa a manter a coesão interna e a resistir;
• Planejamento à Longo Prazo: Ter uma visão estratégica de longo prazo e planos de continuidade preparando-a para desafios futuros;
• Resiliência Financeira: Saúde financeira, gestão prudente de recursos, fluxo de caixa saudável e capacidade de enfrentar mudanças;
• Sucessão e Renovação: Empresas que conseguem fazer transições de liderança, suaves e eficazes, além de renovar suas estratégias e modelos de negócios, se mantém relevantes.
Embora a longevidade seja objetivo, nem todas as empresas conseguem alcançá-la devido à natureza dinâmica e competitiva dos mercados.
Perenidade empresarial
Continuidade sistemática da empresa no mercado, ou seja, à sua constância, perpetuidade, eternidade.
A perenidade de uma empresa é a capacidade de manter operações sustentáveis e continuadas ao longo do tempo, independente das mudanças no ambiente de negócios, concorrência, desafios econômicos e tecnológicos.
Contribuem para a perenidade empresarial:
• Visão à Longo Prazo: Uma visão estratégica de longo prazo gera poder de adaptação às mudanças, investimento em iniciativas que garantam sua relevância e sucesso futuros;
• Inovação e Adaptação: Ousadia com riscos calculados, criatividade, capacidade de inovar em novas tecnologias, demandas de mercado e às mudanças nas preferências dos consumidores;
• Gestão Eficiente: Gestão eficaz, liderança forte, administração financeira sólida e estratégia de gestão de recursos humanos que incentivem o desenvolvimento e retenção de talentos;
• Relacionamento com Clientes e Fornecedores: Construção de relacionamentos sólidos com clientes e fornecedores, zelando por toda a cadeia produtiva, mantendo serviços de alta qualidade e no prazo;
• Cultura Resiliente: Cultura corporativa que valorize a inovação e a responsabilidade social;
• Diversificação e Expansão Estratégica: Diversificar mercados, produtos e serviços, agregando valor à sociedade, ajuda à mitigar riscos e a explorar novas oportunidades;
• Governança e Ética Empresarial: Práticas de governança transparentes e éticas, construindo confiança e credibilidade;
• Resiliência Financeira: Manter finanças sólidas, com uma gestão prudente do capital e uma política de investimentos.
A perenidade não é garantida para as empresas, pois sabemos das mudanças no ambiente de negócios. No entanto, as empresas que possuem clareza de propósito e visão de futuro, alinhados à sustentabilidade (social, ambiental), zelam por uma governança corporativa forte, constituem uma cultura organizacional que priorize lideranças preparadas e times engajados na geração de resultados constantes, em sintonia com a demanda de mercado, às expectativas dos seus clientes, atuando com respeito com toda a sua cadeia de valor (fornecedores e comunidades envolvidas), conseguem manter uma estratégia robusta e têm mais chances de alcançar maior perenidade em seu setor.
E a Projetando Pessoas pode ajudar você empresário nessa jornada! Conte conosco!