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Pai Rico, Filho Pobre

Gaspar Carreira Jr.
CEO da GC Experts

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Um bom tempo depois de ter lido o best-seller “Pai Rico, Pai Pobre” e décadas atuando em Gestão Financeira e Governança, fiquei pensando nos desafios das empresas de capital fechado e perfil familiar. E nas questões da sucessão geracional e no porquê de tão poucas empresas nacionais serem centenárias.

Seria apropriado uma versão de Pai Rico, Filho Pobre? Tema provocador, mas a meu ver útil.

Com este espírito de analogia, transcrevo para a realidade das famílias empresárias os capítulos do livro.

Fuja da roda dos ratos.

Esta teoria é uma metáfora de certa forma perfeita: o padrão de comportamento que se repete sobre o ciclo financeiro de um indivíduo ou de uma organização. Em tempos de lucros, nos tornamos naturalmente permissivos, sem o olhar aguerrido para os ativos geradores de receita, levando ao foco com bens de consumo prioritariamente.

Desfrutar de pró-labore e dividendos empresariais não pode ofuscar os investimentos necessários para que a empresa cresça, pois as famílias também crescem conforme avançam as gerações. Quase uma progressão geométrica dependendo da mesma fonte de renda.

Com o bônus da herança, vem a necessidade do lifelong learnig.  Estudar é um dos instrumentos para evitar a roda de ratos.

Sim! Aprofundar-se em finanças, indo além do clássico receber, gastar e poupar.

Saber investir, conhecer o negócio, empreender, inovar, correr riscos, é fundamental.

Realizar um oversight através dos principais demonstrativos financeiros, diferenciar a visão econômica da financeira (caixa) e segregar os gastos pessoais e empresariais. Reinvestir na operação é saudável, e não apenas “sangrar” a empresa com diversos tipos de “retirada”.

Deixar o dinheiro trabalhar para você e não ter medo de transformar o negócio: não podemos ficar reféns dos nossos modelos atuais de operação, de nossas crenças limitantes ou da sombra de um legado bem-sucedido.

Afinal o que te trouxe até aqui, não necessariamente levará seu negócio de forma perene e sustentável. Existem diversas formas de se preparar para a sucessão, evolução do negócio ou compartilhamento de decisões em Conselho de Família.  O que não pode acontecer é ficar de braços cruzados.

Deixo aqui uma reflexão.

Já dizia o fundador de Dubai, Sheikh Rashid, “Meu avô andava de camelo, meu pai andava de camelo, eu ando de Mercedes, meu filho anda de Land Rover e meu neto vai andar de Land Rover, mas meu bisneto vai ter que andar de camelo novamente”.

Concordam?

Vamos debater com mais profundidade essa questão e os desafios de sua empresa?

GC Experts

 

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