O que é mais difícil: chegar à liderança ou mantê-la? Por um lado alcançar o topo do pódio é o desejo de todas as empresas e permanecer nele talvez seja o maior desafio. Independente da posição, a concorrência está por todos os lados. Para os líderes, o conceito do “time que está ganhando não se mexe”, não existe e nem pode existir.
A inovação com apoio fortíssimo da tecnologia pode ser um forte aliado ou até mesmo inimigo, se estiver em mãos dos concorrentes e por isso, é preciso se mexer sempre! E principalmente no momento como este de pandemia, o verbo “mexer” se transforma em “agir” e rápido!
Por falar em velocidade, o delivery está mais do que atento e as compras da internet estão sendo entregues muito rápidas. No Mercado livre, a compra de hoje chega amanhã. As Americanas chegam em 3 horas e a Magalu hein?! Ainda que em fase de testes, entregam em 1 hora, isso mesmo! E não para por aí, o IfoodMercado chega em 15 minutos. Ah! não estranhe se o seu pedido chegar antes de você acabar de ler este artigo…
Ufa! respire fundo, beba um copo de água e vamos diminuir só um pouco o ritmo, mas se mexendo sempre. Como faz a Nestlé. Ela anunciou no mês passado o investimento de cerca de R$ 1 bilhão para a construção de um novo parque industrial no estado de Santa Catarina, com o foco na produção de ração para cães e gatos. Lembra da concorrência? Pois é, a BRF que tem um braço forte no setor de alimentos PET, a BRF Pet, acaba de anunciar a aquisição da empresa Mogiana alimentos, que produz também ração para cães e gatos, com isso a BRF Pet passa a ter 10% da participação do mercado pet food, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET). Ambas ações são muito recentes e a briga pela liderança vai ser boa.
As startups também estão se mexendo, a exemplo da Livup. A startup de alimentação saudável dobrou de tamanho no ano passado. Antes mesmo da pandemia já vinha crescendo e percebendo que precisava se diferenciar ainda mais, lançou novos produtos como as cestas de vegetais orgânicos e uma seleção de saladas prontas. E com a captação de R$ 180 milhões ampliará ainda mais o negócio na expansão da marca e em tecnologia.
A pandemia foi um divisor de águas para muitas pequenas empresas. Algumas perceberam a oportunidade de expandir o portfólio para crescer. O Ateliê Sweet Home é um bom exemplo. Localizado em Feira de Santana na Bahia, começou com roupas de mesa e no fim de 2020 passou a investir também em pratos e louças, dobrando o seu faturamento. Em breve planeja vender também por atacado.
Outro ótimo exemplo é o da empresa Tem Jeito, de Campina Grande, na Paraíba. Especializada em costura e conserto de roupas. O fundador Evandro de Macedo Filho, que começou a trabalhar na loja de moda feminina de sua mãe, logo percebeu a alta procura por conserto de roupas e decidiu abrir em 2016 o seu próprio negócio, neste ramo de atividade. Com o isolamento social a demanda aumentou bastante e a empresa que já adota o modelo de franquias, espera expandir ainda mais o negócio com a meta de dobrar o faturamento este ano.
A mudança é comum em empresas que estão em dificuldades e buscam alternativas para reverter à situação. E percebemos aqui, nos exemplos citados, que independente do porte e do negócio da empresa e até mesmo para empresas que estão em boas situações financeiras, o verbo ACOMODAR não existe. Então acorde e MEXA-SE, SEMPRE! Pense nisso!
