Embora a tecnologia não seja nenhuma novidade para nós e, principalmente para as novas gerações, ela está avançando rápido demais, o que de certo modo, nos assusta, mas nos mantem em movimento para novas oportunidades.
Resgatando um pouco da nossa história, a 1ª Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, foi um período de grande desenvolvimento tecnológico e, no seu auge, aconteceu uma intensa exploração do trabalho de longas jornadas, baixos salários, más condições de trabalho, como falta de segurança, higiene precária e exposição a produtos químicos nocivos. Além disso, muitos trabalhadores perderam seus empregos devido à automação e à mecanização das indústrias.
Já a sociedade pós industrial, marcada no século XX, representou o alcance de desenvolvimento pós revolução. A sociedade ganhou força na prestação de serviços, sendo a área da economia que mais cresce até os dias de hoje. As atividades econômicas do setor terciário (transporte e serviços públicos), do quaternário (comércio, finanças, seguros e imóveis) e do quinário (saúde, educação, pesquisa e lazer) são as que adquiriram maior importância no período. A sociedade girou em torno da informação e o conhecimento se tornou o bem mais precioso das pessoas.
Pois bem, chegamos no século XXI e os avanços tecnológicos não pararam: mecanismos de buscas na internet cada vez mais acurados, avanços na medicina, aparelhos eletrônicos portáteis cada vez mais potentes, games controlados por movimentos corporais, comidas sintéticas, edições de genes humanos, inteligência artificial e por aqui não para.
Segundo o relatório publicado em 2022 pela International Data Corporation (IDC) – empresa líder em inteligência para os mercados de Tecnologia da Informação, Telecomunicações e Tecnologia de Consumo, já apontava que mais da metade da economia global seria embasada nos meios digitais.
O estudo global da Deloitte de 2022, intitulado “Previsões em Tecnologia, Mídia e Telecomunicação — TMT Predictions”, indicou as principais tendências e avanços tecnológicos: o 5G, o Wi-Fi 6, a IA, painéis solares flutuantes, aplicativos de saúde mental, o gerenciamento de dados confidenciais, crescente mercado de streamings, maior presença feminina na tecnologia e nova alta na demanda por chips.
Com a tecnologia crescendo de maneira ascendente, a economia gira mais rapidamente e, com isso, aumenta o potencial de compra e consumo das pessoas.
E onde estão as oportunidades de emprego?
Uma pesquisa do McKinsey Global Institute aponta que até 2030, para cada posto de trabalho eliminado, 2,4 novos serão criados, principalmente em startups. As ocupações mais propícias a serem extinguidas são aquelas que envolvem atividades previsíveis, como:
- Operador de caixa, Vigilantes, Operador de telemarketing, Porteiro, Atendentes em geral, Caixas de bancos e funcionários relacionados, Profissionais que lidam com montagem industrial e materiais relacionados e Analista de crédito/empréstimo.
Já as atividades imprevisíveis, como o de jardinagem, limpeza, eletricistas, cuidadores etc., sofrerão bem menos impacto.
Na pesquisa, o McKinsey Global Institute aponta que surgirão:
- De 250 a 280 milhões de novos empregos por meio do aumento da renda;
- De 50 a 85 milhões de novos empregos por meio do consumo em saúde e educação;
- De 20 a 50 milhões de novos empregos no desenvolvimento e implementação de tecnologias da informação;
- Até 80 milhões de novos empregos no setor imobiliário, incluindo as profissões relacionadas à construção;
- Até 10 milhões de novos empregos em tecnologias de alta eficiência energética, como por exemplo, energia solar e eólica;
- De 50 a 90 milhões de novos empregos em atividades atualmente não remuneradas e domésticas: assistência a crianças, educação infantil, limpeza geral, culinária e jardinagem.
Profissões com maior índice de crescimento através dos efeitos da automação:
- Profissionais de TI e outros especialistas em tecnologia;
- Gerentes e executivos, cujo trabalho não pode ser facilmente substituído por máquinas;
- Prestadores de serviços de saúde;
- Profissionais como engenheiros, cientistas, contadores e analistas;
- Educadores, especialmente em economias emergentes com uma população jovem;
- Profissionais criativos, pois a diversão e o entretenimento serão cada vez mais requisitados com o aumento da renda;
- Construtores e profissões afins;
- Artesãos.
Com a apresentação dos dados acima, fica claro que sim, o avanço tecnológico é uma oportunidade de geração de novos empregos e postos de trabalho.
E como se preparar para as novas oportunidades?
Claro que, neste processo evolutivo, cabe a cada um de nós, estarmos atentos a essas evoluções e movimentando-se diante das mudanças. Atualização e conhecimento continuam sendo o bem mais precioso. Para finalizar, que tal dar uma olhada nas 5 dicas que preparei abaixo:
1º – Busque se atualizar e adquirir novas habilidades, seja por meio de cursos, treinamentos, workshops ou outras formas de aprendizado;
2º – Esteja aberto a novas oportunidades e desafios, mesmo que isso signifique mudar de área ou de profissão;
3º – Mantenha uma rede de contatos profissionais ativa, participando de eventos e grupos de discussão relacionados à sua área de atuação e áreas de seu interesse pessoal;
4º – Desenvolva habilidades interpessoais, como comunicação, trabalho em equipe e liderança, que são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho;
5º – Aprofunde os seus conhecimentos na sua área de atuação e torne-se um especialista na área.
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Telma Rosseti
Fundadora e CEO
